Um professor observou como seu cachorro maltês não ficava só esperando por carinhos. Ora deitava-se no chão de barriga para cima, ora ficava passando a pata sobre a orelha, sugerindo o que queria. O professor reconheceu a eficiência dessa estratégia de tomar a iniciativa de busca e aplicou-a também com sucesso. Um dia, em sala da aula, casualmente mencionou como o cachorro foi seu mestre, e contou aos alunos como ele fazia. No dia seguinte, uma das alunas deu um feedback. Seu marido ocupado, ela disse que se lembrou do cachorro e tomou a iniciativa, também com sucesso.

Aquela aluna, na semana seguinte, contou para três amigas o ocorrido. Uma se esqueceu, a outra não estava buscando nada e a terceira aplicou a estratégia, com o mesmo sucesso. Esta então contou para várias amigas e amigos, e devido ao seu jeito entusiasmado, três compraram a idéia, e buscaram aplicar o método proativo de obtenção de carinho do cachorro. Ao final do primeiro ano, mais de 100 pessoas haviam obtido sucesso em conseguir carinhos. Após vinte anos, eram mais de 100 mil. Os que se tornaram pais e mães ensinaram para seus filhos e filhas e, ao final de 50 anos, mais de 10 milhões de pessoas estavam aplicando a estratégia. Um século depois, 200 ou 300 milhões de pessoas estavam diferentes porque um dia um simpático cachorrinho maltês pediu carinho esfregando a patinha na orelha.

Virgílio Vasconcelos Vilela