Não Posso era um rapaz muito covarde. Quando lhe pediam que fizesse alguma coisa, dizia que não podia, ainda mesmo sem ter experimentado. Se lhe faziam uma pergunta, respondia:
– Não sei não.
Se tinha de estudar uma lição saia-se com esta:
– Não posso não.
Não Quero não era estúpido, mas tinha um mau gênio terrível, era teimoso. Se lhe passava pela cabeça não fazer uma coisa, não havia meio de convencê-lo a mudar de idéia.
Se Não quero ficava amuado, seus colegas não conseguiam, por mais que insistissem, levá-lo a uma excursão ou divertimento. Aborrecia os outros, porque só queria fazer o que bem entendesse em tudo e por tudo. O fato é que quase ninguém gostava dele.
Vou Experimentar era um rapaz franzino, pequeno, mas tinha ânimo e persistência. Estava sempre pronto a tentar o sucesso. Costumava dizer:
– Não sei se posso, mas vou experimentar.
Algumas vezes não conseguia, mas quase sempre era capaz de fazer o que experimentava.
Um dia, interrogado na aula de matemática, respondeu:
– Não sei o problema, mas vou experimentar. E o mestre lhe disse:
– É o que quero: pessoas que queiram experimentar sua capacidade.
Nos estudos:
Vou Experimentar: era o primeiro da classe.
Não Posso: era o último da sua turma e
Não Quero: abandonou a escola
Hoje, estão todos homens feitos:
Não Posso: É funcionário de um Senhor muito exigente chamado É PRECISO;
Não Quero: É soldado raso que obedece ordens do capitão DEVE; e
Vou Experimentar: É sócio de uma grande empresa: FELIZARDO & CIA.