ESPÉCIE EM EXTINÇÃO
Não há mais lugar nem se admite nos tempos de hoje a partir dos avanços morais e sociais já conquistados, a permanência de uma personalidade:- egoísta e dissimulada, cujos valores sejam estritamente individuais;
– que prefira atribuir aos outros seus próprios fracassos ou dificuldades de crescimento;
– exclusivamente voltada para fora, que esquece de olhar para dentro de si mesma;
– que se ocupe com futilidades, desprezando as pessoas e tripudiando sobre elas;
– que valorize excessivamente as coisas materiais em detrimento dos valores do espírito;
– que se ocupe apenas de si mesmo, sem manifestar interesse pela realização de atividades voluntárias visando o bem comum;
– que gaste seu tempo na aquisição de informações repetitivas e escravizantes;
– que veja o mundo de forma pessimista e mate a esperança dos outros quanto a uma vida melhor;
– que se satisfaça com a infelicidade alheia, por não alcançar a própria felicidade;
– que se compraz em ferir ou agredir seu semelhante para conseguir as coisas;
– que esteja sempre querendo ganhar sem renunciar em favor de alguém;
– que busque sua felicidade ferindo o direito de outrem;
– que se utilize da própria inteligência para confundir e gerar discórdia;
– que não saiba utilizar suas qualidades emocionais nas relações interpessoais;
– que não perceba a importância e o valor do amor para a conquista da felicidade;
– que não cultive a simplicidade e a humildade no trato cotidiano social;
– que não reserve parte de seu tempo para si mesmo, para seu lazer e para dedicar-se a uma atividade filantrópica;
– que não aprenda a se apaixonar por algo ou por alguém de forma equilibrada;
– que não goste de criança e de tudo que faça parte do mundo inocente e puro em seu redor;
– que não perceba a importância das coisas espirituais e das relações com o sagrado;
– que não sinta a influência dos espíritos nas decisões e nos processos de sua vida;
– que não sinta a presença constante de Deus e de Sua misericórdia a lhe ajudar;
– que ainda sobreponha o dinheiro e os bens materiais às conquistas do espírito imortal;
– que não valorize o amor como o máximo sentimento do ser humano;
– que não respeite o ser humano em todas as suas expressões e singularidades;
– que não acolha toda expressão religiosa como um convite de Deus ao ser humano;
– que não saiba amar sem exigir reciprocidade.
Caso você tenha se visto em algum desses parágrafos, pense como seria bom sair de tal condição e iniciar um processo de encontro consigo mesmo a serviço de sua felicidade. É tempo de você perceber que o destino lhe pertence e que ele é uma construção psíquica que se torna possível quando existe a disposição para a felicidade. A esperança de que você pode alcançá-la, e de que sua vida é um dom de Deus, torna-se fundamental para seu sucesso. Vá em frente e não desista de cultivar uma personalidade agradável.
 (Do livro “Felicidade sem culpa” – Adenáuer Novaes)